Gonçalo da Silva Dória
- GONÇALINHO
ADMINISTRAÇÃO GONÇALINHO
Em 03 de outubro de 1950, terça-feira, ocorreu eleições gerais no Brasil, data em que os portofolhenses foram às urnas para escolher o presidente da república, governador, senadores, deputados federais e estaduais, prefeito e vereadores.
Meio à confusa disputa governamental envolvendo Leandro Maciel e Arnaldo Garcez, onde foram impugnadas algumas urnas em Porto da Folha, Gonçalo da Silva Dória venceu seu oponente Artur Moreira de Sá e foi reconhecido como prefeito eleito para a gestão de 1951 a 1954. Neste pleito, o resultado para governador no município foi favorável a Leandro Maciel, o qual não conseguiu se eleger devido ao resultado desfavorável no desempate ocorrido por último na cidade de Itabi.
Atuaram como vereadores na gestão Gonçalinho: Cícero Gerônimo Poderoso (presidente da câmara), Luiz José da Silva, Pedro Celestino da Silva, Bartolomeu da Costa e Manoel de Souza Lima (eleito na complementar de 20 de janeiro de 1951).
Segundo outras informações, Gonçalinho conquistou o cargo graças a sua popularidade devido ao bom desempenho na repartição de finanças pública no município.
Dentre as benfeitorias da gestão cita-se a aquisição de um terreno na fazenda Formosa para a construção de um açude; melhoramento nas estradas carroçáveis no município; manutenção nas instalações das Escolas Reunidas Maynard Gomes; melhoramentos nas ruas Padre Oliveira e Marechal Deodoro; iluminação do Santo Cruzeiro; calçamento parcial com lajotas rejuntadas com cimento da rua Cel. João Fernandes; construção do cemitério no povoado Ilha do Ouro; ampliação do açude na Lagoa do Rancho. Também ocorreu neste período a inauguração, em novembro de 1952, do hospital local, construído, segundo informações do historiador Manoel Alves de Souza, a cerca de 10 anos atrás pela CODEVASF no terreno onde morava a família da Senhora Clara Campos, mãe da professora Maria São Pedro Campos.
No final da gestão Gonçalinho se deu o grande desmembramento das terras de Porto da Folha, fato motivado pelo efeito da Lei Estadual nº 554, de 06 de fevereiro de 1954, que veio confirmar a criação do município de Curituba (atual Canindé) e Poço Redondo, em obediência ao projeto da Lei Estadual nº 525ª, de 25 de novembro de 1953, pelo qual Porto da Folha perdeu 64% do seu território para a criação dos mencionados municípios. Na ocasião Curituba constava como Segundo Distrito de Paz, ao passo que Poço Redondo já se destacava como povoação de nível populacional ligeiramente superior aos demais. A partir desta importante divisão, Porto da Folha volta a ser Distrito Único, permanecendo seu Termo Judiciário anexo a Comarca de Gararu.
O período da gestão Gonçalinho se igualou ao do governador Arnaldo Rollemberg Garcez (PSD) em Sergipe. Presidente do Brasil nestes idos: Getúlio Dorneles Vargas (1951-1954).
Gonçalinho encerrou seu mandato em janeiro de 1955, momento que passou o cargo para o Sr. Antônio Pinto de Resende.
Gonçalo da Silva Dória, natural de Porto da Folha, nasceu em 16/10/1894, filho de Manoel Gonçalves da Silva Dória e Amélia Maria da Costa Dória. Faleceu dia 19/11/1961 na terra natal deixando apenas uma descendente de nome Amélia.
FONTE:
Biografado por Joaquim Santana Neto com base em pesquisas realizadas.






