Antonio Alves de Gouveia Lima
(Advogado, Jornalista e Deputado)
Antônio Alves de Gouveia Lima, considerado filho Ilustre, nasceu em Porto da Folha aos 08 de setembro de 1830, filho de Luiz Alves de Lima e Maria Alves de Assunção Lima. Figura de destaque no Norte do Estado; foi chefe político de influência, Coronel da Guarda Nacional, advogado provisionado em Propriá e Porto da Folha e em 1881 assumiu a promotoria pública da comarca de Gararu. Deputado provincial em mais de um biênio, deputado e presidente da Assembleia Constituinte de 1891 e nesse ano vice-governador. Representou Sergipe na Câmara dos Deputados Federais na legislatura de 1894-1896. Na imprensa e na tribuna muito se bateu pelo desenvolvimento da zona ribeirinha do Baixo S. Francisco, entregue à sua direção política.
Como advogado marcou presença na história de Sergipe ao escrever “A Ação Ordinária, de petição de herança” estreando no foro da cidade de Mar de Espanha/MG entre 1895 e 1896 na defesa de Marcelino José de Oliveira, sendo réus os herdeiros do Barão de Louriçal. Na imprensa e na tribuna do parlamento, Gouveia Lima honrosamente defendia seus conterrâneos de Porto da Folha e habitantes da zona ribeirinha do baixo São Francisco. Diante deste proceder, sua popularidade era inigualável na região do baixo São Francisco e sertão de Sergipe.
Casado com D. Clara Maria, moça de família abastada de Belo Monte/AL, com quem teve dois filhos: João Alves de Gouveia Lima e Maria Alves, ambos contraíram matrimônio em Porto da Folha: Dr. João Alves (fundador do noticiário “A Pérola” em Propriá/SE, que posteriormente ganhou outros nomes, tais como: “O Nacional, União Liberal e União Republicana”). Segundo consta, ambos os filhos de Gouveia Lima não lhe deram netos. Dr. João Lima padeceu precocemente e Maria enviuvou ainda jovem, preservando até o fim sua viuvez de acordo com o regime familiar rigoroso nas famílias de grande prestígio.
Em se tratando de buraqueiro de garra, talento e prestígio, o coronel Antônio Alves de Gouveia Lima é citado como maior. Uma de suas contribuições de imensa valia para Porto da Folha foi a construção do principal cemitério local, encabeçada por seu irmão, o Padre Francisco Gonçalves Lima, ficando a cargo da comunidade e do coronel Antônio Alves de Gouveia Lima a despesa da obra, parcialmente conclusa em 1901 quando recebeu o primeiro féretro: o do próprio Gouveia Lima, que veio a falecer na terra natal em 01/06/1901. No ano seguinte foi inaugurada a capela existente neste cemitério.