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Seja Bem Vindo!

          Quando dona Aiá, sobrinha das crianças, tinha 15 a 16 anos pagou uma promessa feita por seu pai, levando um ex-voto(perna de madeira) e lá encontrou muitas outras promessas. 

          Quando o filho de Elóy Alves Santana, na época policial militar em Poço Redondo e atualmente aposentado como professor em Monte Alegre de Sergipe, adoeceu a ponto de quase morrer; os pais trajaram o enfermo de mortalha e o levaram às Cruzinhas. Naquele local, após suas devoções, deixaram a vestimenta do filho como prova de gratidão, pois sentiram que suas preces foram atendidas e validas.
          Quando Elóy e sua esposa Albertina vieram morar na cidade de Monte Alegre em 1974, fizeram campanha para ampliar a capelinha das Cruzinhas. O primeiro Padre a celebrar missa naquele local foi o Vigário de Nossa Senhora da Glória, Leon Gregório. 
          Quando o Padre João Nascimento chegou à Paróquia de Monte Alegre de Sergipe, combinou com os devotos das Cruzinhas, para que o dia de São José (19 de março) ficasse como data fixa anual de celebração de missa naquela capelinha.
Houve celebração pelo Padre Clóvis e todo período que o Padre Francisco foi pároco desta cidade. 
          Com a chegada do Padre Edmilson, atual Vigário da Paróquia, Elóy o convidou para dar continuidade na devoção às Cruzinhas, realizando uma caminhada da cidade de Monte Alegre até o local onde se acham enterradas as crianças João e Alexandrina. 
          Neste ano de 2010, no dia 19 de março, após a caminhada iniciada às cinco horas da manhã, foi celebrada missa com participação de cerca de 200 pessoas, que se confraternizaram no encerramento através de um café comunitário.
Constata-se que há bastante tempo tem vindo muita gente, de vários Estados como Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Alagoas, pagar promessa. 
          Frei Roberto Eufrásio de Oliveira, missionário popular do nordeste, por ocasião de missões populares em Monte Alegre de Sergipe, sabendo desta história! Pediu que as pessoas passassem a chamar João e Alexandrina: OS SANTOS INOCENTES DO SERTÃO DE SERGIPE. 
          No dia 15 de abril de 2010, Albertina, esposa de Elóy, teve um enfarte entupindo três veias, mais uma vez Elóy recorreu aos “Santos Inocentes” e foi valido, comprometendo-se com a seguinte promessa: que soltaria uma dúzia de fogos, que já foi cumprido. Prometeu que também deixaria no local, dia 19 de março de 2011, um retrato de Albertina.
          Há pouca mais de quinze dias Dona Olga Barros Tavares, residente em Aracaju,  se valeu da intercessão dos santos inocentes, pois tinha mais seis meses que tentava vender o  seu automóvel e não conseguia. Soube do acontecido com as crianças e ouviu falar das "Cruzinhas". Então rogou aos Santos Inocentes que se vendesse o carro visitaria o local ofertando umas flores. Com dois dias após o pedido alcançou a graça vendendo o automóvel a vista.  
Texto de Elóy Alves de Santana

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UmbuzeiroUmbuzeiro

 

Sertão de SergipeSertão de Sergipe

 

Capelinha dos Santos inocentesCapelinha dos Santos inocentes

 

Romaria das CruzinhasRomaria das Cruzinhas

 

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SANTOS INOCENTES

DO ALTO SERTÃO SERGIPANO 

 

          Em antiga era do ano de 1907, as crianças João e Alexandrina residiam com seus pais na Fazenda Lajedo, propriedade isolada e sem vizinhança, no Município de Porto da Folha, alto Sertão Sergipano.

 

          Por ocasião da quaresma, daquele ano, João e Alexandrina saíram de casa com sua mãe e se dirigiram ao tanque dos Altos Verde para lavar roupas. 
Ao chegarem na aguada sua genitora inciou a lavagem e as duas criança foram coletar umbu na redondeza e como se distanciaram, terminaram por se perder.
          Ao concluir se serviço a mãe, após insistentes chamados, começou a se desesperar por não obter respostas dos meninos.
Ao retornar à Fazenda Lajedo a mãe se inquietou mais ainda por não ter com que dividir sua angustia pois seu marido tinha ido a Ribeirópolis para vender peixe. 
          No dia seguinte apareceu um senhor e ela contou a ocorrência do desaparecimento dos seus filhos. Antes de se despedir o visitante prometeu providenciar ajuda a seus conhecidos para iniciar uma busca mais rigorosa das crianças desaparecidas.
Ao retornar, o pai soube da história e logo se somou ao grupo que procurava os meninos.
          Após três dias eles foram encontrados. Alexandrina já estava morta e João tinha retirado a camisa e colocado no rosto dela. Ela estava com uma palma de quipá, com espinhos enfiados nas mãos. João bastante debilitado se escorava numa catingueira. Os homens que andavam à procura das crianças, ao encontrarem João, já o acharam em fase terminal ao tentarem reabilitá-lo colocando água em sua boca, ele não resistiu e findou falecendo.
          Este acontecimento impressionou deveras toda a população da redondeza da Fazenda Lajedo. Com o decorrer do tempo no local onde faleceram e foram enterrados as crianças João e Alexandrina, foi erguida uma capelinha, também conhecida no Sertão como casa de oração, pelo pai de Neco Pereira(Manoel Pereira de Barros, ex vereador de Monte Alegre de Sergipe). Este local é conhecido e venerado por boa parte da população da redondeza como “Cruzinhas” 
          Atualmente este local, conhecido como Cruzinhas, é visitado e venerado por boa parte dos habitantes da redondeza; desde então começaram a considerar o recinto como pleno devocional de catolicismo popular.
Ao alcançarem graças por intercessão das crianças, em sinal de reconhecimento, colocaram na casa de oração ex-voto de madeira(cabeça, braço, perna, pé), fitas, mortalhas e outros artefatos de madeira ou gesso. 
 
          Segundo Maria Alves Lima Santos, conhecida como "Dona Aiá, com 85 anos(2012), sobrinha dos inocentes, informou que o pai dos meninos eram Pedro Alves Lima, conhecido como Pedrinho do Lajedo  e a mãe era conhecida como Dona "Nene". 
O pai de Dona Aiá é Manoel Alves Lima, o terceiro é irmão de João e Alexandrina. O Senhor Guedes pai de Joãozinho Guedes do Povoado Lagoa Redondo é tio dos das Crianças por parte da mãe. 
          Os "Cabelê" é tio de João e Alexandrina por parte do pai.