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Seja Bem Vindo!

 

 

 

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APELIDOS QUE FICARAM HISTÓRIA:

 

Biduzinho notado mestre

Carpinteiro prosador,

Na citação de apelidos

Com certeza foi doutor:

Tonho Barrão, Zé Bico Aberto,

Alcunhas que deram certo,

Foi ele quem propagou.

 

Iguais a este houve outros

De competência mestraça,

Criadores de alcunhas

De gente conceituada.

Grande parte certamente

Com Jesus vive presente

Em sua eterna morada.

 

Relembro de Zé Pancinha,

Chico Grande, Zé Vermelho,

Mané Burrego, Zazave,

Gabino, Luiz Padeiro.

Corinto, José Negão,

Zé do Pio, José Buião,

Carijó, Nelzinho Ferreiro.

 

Antônio Garapa, João Grilo

Piau Branco, Zé Ruluta,

Doca, Ganso, Formigão,

Zé Peguinha, Cacuruta.

Sabacu, Pombinho, Bujão,

Zé Pelanca, Malacão,

Carritia e João Bilunga.

  

Pedro Véio, Tonho Talegre,

Cilirão, Zé Sulipinha,

Sinhô Botinha, Parrudo,

Zé Melosa, Pereirinha.

Peninha, Zé Cabeçudo,

Cabeçinha, Crispim Mudo,

Zé Charutinho e Tuquinha.

  

Carãozinho, Zezé Maxixe,

Zé Relampo e Zé Varinha.

Miguel Chorão, Mane Bom,

Pedro Foguinho, Carequinha.

Maneca Cural, Sossega,

João do Mundo, Gata Cega, 

Codoca e José Rolinha.

 

Bidó, Pambu, Zé Melé,

Canarinho, Pedro Melão,

Zé galo Velho, Zé Malfeito,

Cabo Duro, Moreirão.

Imbuzada, Cadeado,

Maroto, Chico do Cágado,

Fovinha e João Gavião. 

 

Bizé, Coxinho, Caxambu,

Peruca, Pezinho, Boleiro.

Zé Coé, Namum, Fobina,

Manchinha, Mané do Cheiro,

Zé Velande, Tonho Budinho,

Zé Saboga, Sinhôzinho

E Pedro Cego carreiro. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Manchinha, Cacau, Camões,

Garrincha, Lalá, Sirido,

Pedro Toquinho, Gasolina,

José Birro e Zé Miúdo.

Jurema, Noínho, Quivi

Barbicha, João Bacuri,

Maraba e Tonho Cabeludo.

                

João sem braço, seu Totô,

Zé Giba, Zé Quixabeira

Pedro Sartalá, Pacilo,

Zé Menso, Mané Bandeira.

Mané Põen, Zé Xandu,

Cajazeira, Capuxu,

Seu Preto e João Cabeleira. 

 

Zé Bobó, Mané Bumbum,    

Pixoca, Janjão, Dobrado,

Pato Branco, Catumbeira,

Gato Preto e Barrigudo.

Santinho Cambaio, Sebinho,

Mochila, Zé Rapazinho,

Tonho Butão e Tonho Calado.

 

Piduca, Pretinho, Piloto,

Coletor, José Nanbú,

Bombinha, José Cocó,

Gué, Meia Lua, Muçum,

Tatuzinho, Ratinho, Lelê,

Zé da Onça, Caterê,

Tonho Gatinho e João Baú. 

 

Outros de grande valia

Que não entraram na lista

Serão de outra maneira

Contemplados noutros versos.

Porto da Folha agradece

A turma que enobrece

A lembrança do contista.

 

 

♥ ♥ ♥

 

 

NOMES DE LAGOAS DA

VAZANTE PORTOFOLHENSE: 

 

QUEIMA FERRO - Trecho da várzea de Ilha do Ouro, lagoa situada entre vassouras, saco da madeira e Ilha do Ouro.

SACO DA MADEIRA - Trecho da várzea de Ilha do Ouro, lagoa situada entre queima ferro, chora- menino e margens do rio São Francisco.

CHORA MENINO - Trecho da várzea de Ilha do Ouro, não é lagoa, situa-se entre vassouras, queima-ferro e saco do croatá.

VASSOURAS - Trecho da várzea de Ilha do Ouro, lagoa situada entre paredão da lagoa comprida, queima-ferro, saco do croatá e melo.

SACO DO CROATÁ - Lagoa situada defronte as vassouras, lado esquerdo do chora-menino.

LAGOA COMPRIDA - Lagoa situada entre melo, vassouras e pedras.

MELO -     Lagoa situada entre estreito, lagoa comprida e serra do saco do croatá.

ESTREITO - Pequena lagoa situada entre pedras de Miguel chorão, lagoa de beber e carretéis.

LAGOA DE BEBER - Lagoa situada entre estreito, tanque dos padres e pedras de Miguel chorão.

CACUMBU - Pequena lagoa situada entre lagoa grande, serra da cal e serra do Moreira.

LAGOA GRANDE - Lagoa situada entre cacumbu, lagoa salgada, quebra-doutor e serra da cal.

CARRITÉIS - Trecho do riacho capivara situado entre lagoa de beber, serra do Moreira e cemitério velho.

LAGOA DE ZÉ VIEIRA - Pequena lagoa situada entre pé da serra dos homens, porto da canoa, rua de cima, morro dos carneiros e poço fundo.

POÇO FUNDO - Trecho do riacho capivara situado entre lagoa de Zé Vieira, cemitério novo e porto da canoa.

CANUDOS -  Baixio situado entre o pé da serra dos homens, hospital, cemitério novo e seu Totô.

SEU TOTÔ - Baixio situado entre gruta do touro, canudos, coroa do meio e estrada de são Mateus.

RELEVO - Em volta da sede portofolhense temos as seguintes serras:

Norte (alto do cruzeiro, serra do Moreira, alto do tanque dos padres, serra da lagoa comprida ou Chico Barrigudo).

Sul (morro dos carneiros, serra dos homens).

Leste (serra da grota do touro, alto da barra das caraíbas).

Oeste (serra da cal, serra da pedreira).

 

 

 NÍTIDA RECORDAÇÃO DE PESSOAS DOS ANOS 60 E 1970

EM PORTO DA FOLHA 

          Minha infância teve início na década de 1960, momento que tive a nítida noção de estar vivendo no mundo portofolhense repleto de meninos sapecas. Boa parte destes garotos geralmente criava pombos nas horas de lazer. Parece brincadeira, mas é sério, alguns viam o pombo como símbolo de liberdade.

          Dentre os adultos de grande prestígio naquela época foram observados: Manoel Joaquim Lima planejando instalar sua fábrica de descaroçamento de arroz na rua das 7 casas; Aroaldo Santana conquistando a simpatia do eleitorado local, José Aragão também nesta empreitada; Eloy Poderoso com seu famoso recinto contendo mesas de bilhar, além disso ainda liderava a venda e distribuição de leite em sua residência. Na área financeira se achava Moisés Farias (Cajazeiras) com sua fortuna trancada em um cofre na própria residência sem qualquer temor de ser roubado. É bom lembrar que o nobre cidadão Moisés Cajazeiras desempenhava função muito importante em Porto da Folha, em se tratando de empréstimo e financiamento, ele substituía os bancos de hoje em dia. Moisés emprestava dinheiro vivo a quem não fosse caloteiro. O meio de transporte utilizado por ele para se locomover pelo sertão era um burro ligeiro, que não temia cansaço nem tempestade. Moisés era quem emprestava dinheiro para o policiamento local e das povoações. Em determinas ocasiões observei isso! Bastava um simples documento escrito à punho, intitulado “Cautela” contendo os nomes dos militares, total do empréstimo e pronto! o dinheiro seria liberado, mas para isso tinha que ter a assinatura de um responsável. No caso dos policiais lotados na sede, a assinatura geralmente era do meu pai, sargento Flodoaldo Santana, por quem Moisés tinha grande apreço. Além desta importante função, Moisés também se destacava na comercialização  de toras de madeira na região.

          Dando continuidade ao que a memória detém a respeito destes cavalheiros de grande valia naquela época, com absoluta clareza e gratidão relembro-me do Sr. Lindolfo Moreira e sua maravilhosa esposa Conceição com toda filharada; do idoso homem de cor Joaquim da esquina; de Pedro Xavier de Melo em plena atuação na política local; de Carmélio Poderoso; de Luiz Xavier; de João Tistinha com sua crescente popularidade na rua de cima; de Chiquinho Almeida com seu surtido armazém no centro da cidade assim como José Garrincha; de Chico Grande na liderança da compra e venda de bordados; de Minelvino Farias atuando politicamente; de Maneca Cural com a sorveteria mais organizada que a de Cícero Gabino; de Jonas Cadeado com seu balaio de pães pelas ruas da cidade; de José Sulipinha visto como o menor soldado da corporação; do soldado Brás Feitosa agindo como policial apaziguador; de Pedro de Anete contando casos antigos; de José Teixeira de Souza atuando como zelador da igreja; de José Alves Pechincha com sua bodega no local que hoje se acha o bar de Cícero prejuízo; de Jaime com sua bodega na rua de cima; de Pedro Dantas com seu porte físico avantajado; de Manoel Rodrigues Velho em reunião com outros idosos no beco da esquina; de Pedro Maroto criando gado na lagoa salgada; de José Valença (Zé do Pio) com sua loja de variedades; de José Bezerra Lima com sua bodega na rua de cima; de Manezinho delegado se mantendo como respeitável cidadão. De Manoel Vimvim, Alfredo, Zé de Virgem, Vicente, Manoel Botelho e Zezé Maxixe, todos atuando como lavradores; de Maraba sem conseguir namorarada; de Lourinaldo com sua banca de carnes no antigo mercado assim como Moreira Pixoca; de Pedro Lucas experimentando bom aperitivo; de Luiz Padeiro mantendo sua popularidade; de Sinfrônio com sua surtida loja de confecções e chapéus assim como Raimundo Cirandinha vendendo tecido de qualidade; de Miguel Maceió, Miguel Peteca, Miguel Chorão e Miguel do Junco lidando com lavoura; de Manezinho Moco vendendo requeijão e manteiga na rua de cima; de Valdemar da Favela; de Joaquim Pinto criando gado; de José Magazine e Maneca de Pequena com suas surtidas lojas de tecidos; de José Fuípe atuando no legislativo local; de Manoel Caio Feitosa e seu filho João Milton Pereira no cartório de registro civil; das professoras Raquel, Santinha de João Alves (minha primeira professora), Maria São Pedro Campos, Arabela, Maria José Garrincha - todas mantendo sua fama do magistério local; do professor Gilson Franco Poderoso, Valmir Faria, Frei Juvenal e Sebastião; das professoras Adjanice, Maria Mafalda, Valdice; de Maria Clara; de Maria Dória e Maria Eugênia de Sá atuando como parteiras de sucesso.
De Dona Clarinha (rezadeira); do idoso Sinhôzinho Bahia visitando oa amigos da rua de cima; de Manoel Ferrinho; de João Alves Queroba; dos sargentos Pedro Foguinho e Pedrinho Santana; de Fulô de Dor; de João Codoca. De Manoel Bumbum com sua bodega na rua de cima; de Cícero (galinha choca);  do Cabo André com seu violão; de José Braúna; de Sossega desempenhando a função de mecânico; de Moacir de Lázaro cantando melodias nas serenatas; de Osório da rua nova com seu violão; de Galeguinho com sua minúscula loja de confecções; de Frei Angelino; de Antônio Pereira na desenfreada busca da cura das enfermidades do povo; do idoso Idelfonso com sua numerosa família no pontal da rua de cima; de Honório Buião, Canarinho, Piduca, Augustinho, Pedro Cego, Zé grosso, Maneca, Pedro Toquinho e seu pai - todos fazendo sucesso com seus carros de bois; de José Tibúrcio preservando sua popularidade política na Lagoa da Volta; de José Maria e Manoel Bolachão (personalidades da Lagoa do Rancho); de Acrísio Azevedo inovando o Cine Teatro Santo Antônio; de Prazerinha de Epaminondas na locução do serviço de alto-falantes, bem como Bié de Minelvino. De Lulu Cocada carregando a cruz nas procissões; de Santinho Cambaio, Zé Malfeito, Pedro Véio, seu Totô, Joaquim de Sinhorinha, Joquinha,Cícero Capacidade, Namum e Augusto Ponhém; de Manequinha Pé de Chocho conservando os arquivos da prefeitura; de Nelzinho Ferreiro, Nelzinho Galego, João Cabeleira, Chiquinho de Valdivino, Afonso padeiro, Capuchu, José Xandu, João Gavião, Pedro Severo, Sanfoneiro Expedito, João das Porteiras, Juvina, Jardilina, José Inácio, Tonho de Chico, José Moreira, Manoel de tia Chica - cada qual cumprindo sua missão. Do Padre Dárcio com sua batina preta; do Padre Alfredo. De Hercílio do Bar Estrela; de Biduzinho; de Bidó, Zé Birro, Zé Melé, Jovintino, Juvêncio vaqueiro; Joaquim Bento e Paulo Caxambu; de Zé Gato preto; de Antônio Gatinho, Moreirão, José Melosa, José Braga, João bota-fora, José Cocó  e muitos outros inesquecíveis portofolhenses. Estes honrados cavalheiros e damas são de minha inteira recordação, portanto dignos de nota.              

Por Joaquim Santana Neto em 01/06/2015